INTRODUÇÃO:
A história da Literatura
Brasileira está organizada em períodos (chamados de "escolas
literárias" ou de "movimentos literários"). O estudo começa com
a Literatura Portuguesa (com os primeiros registros de produção literária em
Língua Portuguesa) e vai até o Modernismo (principal período literário do
século XX).
As escolas
literárias estudadas em Literatura são:
Literatura Portuguesa
Trovadorismo
Humanismo
Classicismo
Literatura Brasileira (Era
Colonial)
Quinhentismo
Barroco
Arcadismo
Literatura Brasileira (século
XIX)
Romantismo
Realismo
Naturalismo
Parnasianismo
Simbolismo
Literatura Brasileira (século XX)
Pré-Modernismo
Modernismo
Neo-Realismo
RESULTADOS:
LITERATURA PORTUGUESA
Trovadorismo (Séculos XII a XIV)
Primeiro
movimento literário da língua portuguesa, o Trovadorismo surgiu em um período
no qual a escrita era pouco difundida, por esse motivo, os poetas transmitiam
suas poesias oralmente, na maioria das vezes cantando-as. Assim sendo, os
primeiros textos receberam o nome de cantigas, tradicionalmente divididas em cantigas de amor, de
amigo, escárnio e maldizer, representadas por nomes como Dom Duarte, Dom Dinis,
Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes, entre outros.
Humanismo (Séculos XIV ao XVI)
O homem
passa a ser mais valorizado com o início do humanismo renascentista. A
literatura mantém características religiosas, mas nela já se podem ver
características que serão desenvolvidas no Renascimento, como a retomada
de ideais da cultura greco-romana. Na Itália, podemos destacar: Dante Alighieri
autor da Divina Comédia, Giovanni Bocaccio e Francesco Petrarca. Em Portugal,
destaca-se o teatro do poeta de Gil Vicente autor de A Farsa de Inês Pereira.
Classicismo (Século XVI)
O classicismo tem como elemento principal o resgate de formas e
valores da cultura clássica, ou seja greco-romana. O mais importante poeta
deste período histórico foi Luís de Camões que escreveu Os Lusíadas, narrando
as aventuras marítimas da época dos descobrimentos.
Destacam-se também os franceses François Rabelais e Michel
de Montaigne. Na Inglaterra, o poeta de maior sucesso foi William Shakespeare
se destaca na poesia lírica e no teatro. Na Espanha, Miguel de Cervantes faz
uma sátira bem humorada das novelas de cavalaria e cria o personagem Dom
Quixote e seu escudeiro, Sancho Pança, na famosa obra Dom Quixote de La
Mancha.
LITERATURA BRASILEIRA (ERA COLONIAL)
Quinhentismo
(século XVI)
Representa a fase
inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização.
Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de
Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal
deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios
brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da
frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou
uma literatura de Informação (de viagem) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha
era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e
sociais da nova terra.
Barroco
(século XVII)
Essa época foi marcada
pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou
influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras
são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o
espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem
mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta
época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra (Boca do
Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira,
autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.
Neoclassicismo
ou Arcadismo (século XVIII)
O século XVIII é marcado
pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção
das obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são
deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é
trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados
( fugere urbem =
fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a
idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são:
Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas
Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de
Santa Rita Durão.
LITERATURA BRASILEIRA
( SÉCULO XIX)
Romantismo
(século XIX)
A modernização ocorrida
no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência
do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do
período. Como características principais do romantismo, podemos citar :
individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes,
idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e
o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar : O Guarani
de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães,
Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas
do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira
e Souza.
Realismo
- Naturalismo (segunda metade do século XIX)
Na segunda metade do
século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais.
Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos
principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta
fase, podemos citar: objetivismo, linguagem popular, trama psicológica,
valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas,
crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta
fase foi Machado de Assis com as obras: Memórias Póstumas de Brás Cubas,
Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores
realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor
de O Ateneu.
Parnasianismo
(final do século XIX e início do século XX)
O parnasianismo buscou
os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os
autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas
mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças
a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não
retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais
autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.
Simbolismo
(fins do século XIX)
Esta fase literária
inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os
poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas
obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e
dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes
do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.
LITERATURA BRASILEIRA
( SÉCULO XX)
Pré-Modernismo
(1902 até 1922)
Este período é marcado
pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte
Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores
tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os
principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões),
Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e
Augusto dos Anjos.
Modernismo
(1922 a 1930)
Este período começa com
a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura
modernista são : nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos) , linguagem com
humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores
modernistas: Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara
Machado e Manuel Bandeira.
Neo-Realismo
(1930 a 1945)
Fase da literatura
brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes
problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também
são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano
Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País
do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de
Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecilia Meireles.
CONCLUSÃO:
A literatura fala a nós, de nós, da humanidade. A literatura,
em especial os clássicos, coloca ao alcance do leitor a possibilidade de
refletir sobre si, de ler-se e conhecer-se, pois, na medida em que trata das
inquietações humanas e descreve o que há de mais profundo e obscuro na alma
humana em sua universalidade, é também a mim, a ti e a nós que ela nos fala. Em
outras palavras, a literatura contribui para que conheçamos melhor e mais
profundamente o gênero humano e, assim, para nos conhecermos a nós mesmos e nos
humanizarmos. A leitura poderá contribuir para o nosso crescimento intelectual
e, assim, quem sabe, possamos nos tornar indivíduos mais humanos e melhores.
Então, a literatura terá cumprido, efetivamente, sua função educativa.