quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

RESUMO DO FILME: ''EXTRAORDINÁRIO''

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August “Auggie” Pullmann nasceu com uma rara doença que fez com que seu rosto ficasse deformado e precisou passar por 27 cirurgias em sua breve vida para corrigir alguns aspectos, mas ainda assim sua aparência gera curiosidade e desconforto. Auggie foi criado cercado pelo amor de sua família, onde fora alfabetizado por sua mãe Isabel Pullman (Julia Roberts, que dispensa apresentações) e poucas vezes saía de casa e quando o fazia, usava seu capacete da NASA que ganhara de presente e utilizava para evitar atrair olhares.

“Extraordinário” aborda temas sensíveis como o bullying, mas não se deixa enveredar pelo peso do assunto. Auggie é interpretado por Jacob Tramblay (o queridinho ator mirim de Hollywood que assombrou o mundo por sua interpretação em “O quarto de Jack”) que o desenvolve com bravura e talento inquestionável. Aliás, não há um resquício sequer de Jack em Auggie.

A química entre Jacob e Julia é perfeita. Ela sabe transmitir emoção na medida quando toma a decisão de enviar seu filho aos 10 anos pela primeira vez para uma escola, por acreditar que ele deve interagir com o mundo. Sofremos junto com essa mãe no portão da escola, apreensiva e temerosa de que seu filho se machuque.

A irmã de Auggie, Olivia “Via” (Izabela Vidovic) é uma adolescente esquecida pelos pais por conta da condição do irmão, mas que não desenvolve aquele papel caricato que a idade empresta ao cinema, apresentando “aborrecentes” carentes de atenção. Assim como em seu filme “As vantagens de ser invisível”, Chbosky acerta na narrativa e na escolha do elenco, a exceção é Owen Wilson, interpretando Nate, pai do protagonista, que se esforça muito, mas nunca foi dos mais brilhantes. Menção honrosa à Sonia Braga que faz pequena participação em um diálogo marcante com sua neta, Via.

O filme é apresentado em forma de capítulos, em narrativa não-linear, tendo cada um o nome de um personagem, tal qual no livro e neste formato somos brindados com a com a história sendo contada em cada momento sob a ótica de cada um, transmitindo emoções diferentes de um mesmo acontecimento.

De modo geral, “Extraordinário” é um filme good vibe, em que o expectador irá se sentir bem. Mesmo nas partes mais dolorosas em que o bullying e o sofrimento ficam mais evidentes, somos agraciados com o encanto do protagonista e nos compadecemos de seu pesar. As piadas são leves, bem-humoradas e com sacadas ótimas, como aquelas em que envolvem o universo de Star Wars, tema recorrente ao qual o nosso pequeno herói é apaixonado. Não tem como não se emocionar quando Auggie afirma de todo coração que gosta mais de Halloween do que do Natal porque ele pode usar uma máscara e andar de cabeça erguida brincando e se divertindo sem que seja alvo de olhares, ou quando aflora sua amizade com Jack Will, nos cativando com a pureza da amizade entre crianças.

É claro que existe um tantinho de clichê, afinal filmes com o desejo de transmitir uma boa mensagem são assim mesmo, mas o recado final é de que existe bondade e maldade em qualquer idade e emprestando a frase do livro/filme reitero: “Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil

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