المملكة المغربية ⵜⴰⴳⵍⴷⵉⵜ ⵏ ⵓⵎⵔⵔⵓⴽ Reino de Marrocos | |
Lema: Allāh, al Waţan, al Malik em (Deus, Nação, Rei) | |
Hino nacional: Hymne Chérifien | |
Gentílico: Marroquino(a) | |
Localização de Marrocos e do Sahara Ocidental | |
Capital | Rabat |
Cidade mais populosa | Casablanca |
Língua oficial | Árabe, Berbere ♦ |
Governo | Monarquia constitucional |
- Rei | Mohammed VI |
- Primeiro-ministro | Abdelilah Benkirane |
Formação | 7891 2 |
- Unificação daDinastia Saadiana | 1554 |
- Dinastia Alauita(presente) | 1666 |
- Independência daFrança | 2 de Março de 1956 |
- Independência daEspanha | 7 de Abril de 1956 |
Área | |
- Total | 446 550 km² (57.º) |
- Água (%) | 250 |
Fronteira | Argélia, Saara Ocidental eEspanha |
População | |
- Estimativa de 2007 | 33 757 175 hab. (37.º) |
- Densidade | 70 hab./km² (122.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2013 |
- Total | US$ 181 900 milhões * US$3 (56.º) |
- Per capita | US$ 4600 (190.º) |
IDH (2012) | 0,591 (130.º) – médio4 |
Moeda | Dirham marroquino (MAD ) |
Fuso horário | (UTC+0) |
- Verão (DST) | EST (UTC+1) |
Clima | Mediterrânico (no norte) edesértico |
Cód. ISO | MAR |
Cód. Internet | .ma |
Cód. telef. | +212 |
Website governamental | www.maroc.ma |
♦ O francês é amplamente utilizado em textos oficiais do Governo, e pela comunidade empresarial, embora não sejaoficial. O árabe marroquino, uma variante da língua árabe, é o idioma nativo mais comum. Também são faladas váriaslínguas berberes. |
Marrocos (em árabe: المغرب; transl.: al-Maġrib; em berbere: Amerruk / Murakuc), oficialmente Reino de Marrocos5 (em árabe: المملكة المغربية; transl.: al-Mamlakah al-Maġribiyya; em tifinagh: ⵜⴰⴳⵍⴷⵉⵜ ⵏ ⵓⵎⵔⵔⵓⴽ; transl.: Tageldit n Umerruk) é um país localizado no extremo noroeste da África, estando limitado a norte pelo estreito de Gibraltar (por onde faz fronteira com a Espanha e Gibraltar), porCeuta, pelo Mediterrâneo e por Melilha, a leste e a sul pela Argélia, a sul pelo Mauritânia através do Saara Ocidental (território maioritariamente por si controlado) e a oeste pelo oceano Atlântico. A capital do país é a cidade de Rabat. Marrocos retirou-se da União Africana, quando a República Árabe Saaráui Democrática foi aceite como membro.
Índice
[esconder]História
Ver artigo principal: História de Marrocos
Marrocos, tal como grande parte do Norte de África esteve sucessivamente sob o domínio dos fenícios, do Império Romano e do Império Bizantino até à chegada dos árabes, que trouxeram o Islão e fundaram o reino de Nekor, nas montanhas do Rife, no século VIII.
Os berberes, no entanto, assumiram o controle no século XI e governaram, não só Marrocos (agregando-lhe reinos vizinhos), mas também a parte sul da península ibérica, até ao fim do século XII.
Em 1415, Portugal vira os olhos para a África e empreende a conquista de Ceuta e, no século seguinte, a maior parte do litoral marroquino estava nas mãos de portugueses e espanhóis. Ceuta continua sob soberania espanhola até hoje.
Em 1904, na Conferência de Algeciras, a Inglaterra concedeu à França o domínio de Marrocos, cujo sultão tinha contraído uma grande dívida com aquele país da Europa (em troca, a França concordou que o Reino Unido governasse o Egito). Em 1859, a Espanha anexara Marrocos, anexação essa que terminaria quando o sultão marroquino Moulay Abd al-Hafid aceitou em 1912 o estatuto de protetorado francês.
A seguir à Segunda Guerra Mundial, de acordo com a Carta do Atlântico (assinada em 1941 por Winston Churchill e Franklin Delano Roosevelt), as forças vivas de Marrocos exigiram o regresso do sultão Mohammed V e em 1955 a França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia, concordou com a independência da sua colónia, que foi celebrada dia 2 de Março de 1956. A mudança do controle francês sobre Marrocos para as mãos do sultão e do partido independentista Istiqlal decorreu pacificamente.
Em Agosto de 1957, Mohammed V transformou Marrocos num reino, passando a usar o título de rei. Quando, em 1959, o Istiqlal se dividiu em dois grupos: um abrangendo a maioria dos elementos do partido, conservador e obediente a Mohammed 'Allãl al-Fasi, apoiante do rei; outro, de carácter republicano e socialista, que adoptou o nome de (União Nacional das Forças Populares), Muhammed aproveitou a oportunidade para distanciar a figura do rei dos partidos, elevando-o a um papel arbitral.
Tal manobra política contribuiu decisivamente para o fortalecimento da monarquia, como se verificou no referendo de 1962, já com Mulay Hassan, filho de Mohammed V (falecido em 1961), como rei Hassan II, em que foi aprovada uma constituição de cariz monárquico-constitucional. Um ano depois foram realizadas eleições parlamentares que levaram a conjuntura política a um beco sem saída. Tal facto permitiu a concentração de poderes em Hassan II, como ficou demonstrado na Constituição de 1970, que não sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado, em 1971. Sucedeu-lhe uma outra Constituição em 1972, que só foi implementada efectivamente após outra tentativa de golpe de Estado em Agosto desse ano.
O ano de 1974 marcou o início de uma nova orientação da política de Hassan II, a partir do momento em que Marrocos declarou a sua pretensão sobre o Saara Espanhol, rico em minérios (sobretudofosfato), pretensão essa que foi concretizada em Novembro de 1975, com o avanço da "Marcha Verde", constituída por 350 000 voluntários desarmados, sobre o protetorado da Espanha, que evitou o conflito e conduziu à assinatura de um acordo em que eram satisfeitas as ambições de Marrocos.
No entanto, muitos têm sido os obstáculos à política marroquina: primeiro, a luta da guerrilha Polisário(Frente Popular para a Libertação de Saguia e do Rio do Ouro), apoiada pela Argélia e, mais tarde, também pela Líbia, que recusou, inclusive, os resultados de um referendo promovido por Hassan II em 1981; segundo, a condenação por parte das Nações Unidas; e, terceiro, a criação da República Árabe Saaráui Democrática em 1989, que tem obtido o reconhecimento de um número crescente de países.
Em 1994, o secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Boutros-Ghali, propôs um aprofundamento das negociações com o objectivo de promover um processo de recenseamento eleitoral o mais completo possível, de modo a um futuro referendo ter uma legitimidade aceitável por ambas as partes.
Por último, é de salientar o papel que Marrocos tem desempenhado no importante processo de paz naPalestina, através de um relacionamento equilibrado entre Hassan II e as partes beligerantes, a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e Israel, que permitiu, nomeadamente, o estabelecimento de interesses económicos naqueles países.
Geografia
Ver artigo principal: Geografia de Marrocos
Localizado no Magrebe, o reino de Marrocos é banhado pelo oceano Atlântico a oeste, e pelo mar Mediterrâneo a norte, e faz fronteira com a Argélia a leste, a sul e sudeste com a Mauritânia. Abrange uma área total de 446 550. A capital, Rabat, com uma população de 1 618 700 habitantes (2004), destacando-se também outras cidades, como Casablanca, a maior do país, com 3 741 200 habitantes, Tânger (629 800 habitantes) e Fez (1 019 300 habitantes).
Marrocos caracteriza-se por ser um país montanhoso, destacando-se quatro grandes cadeias montanhosas: o Rife, com a orientação noroeste-sudeste, que faz, geologicamente, parte das cordilheiras do sul da península Ibérica, e que tem como ponto mais alto o monte Jbel Tidirhine com 2 456 m, o Médio Atlas, o Alto Atlas e o Anti-Atlas. As três últimas integram aCordilheira do Atlas, que se estende desde a costa atlântica até até à Tunísia, atravessando a Argélia. O Médio Atlas situa-se no centro-norte do país, imediatamente a sul do Rife, do qual está separado pela zona de planície conhecida como corredor de Taza. O Alto Atlas, a cadeia com as montanhas mais altas do país, onde se encontra o Jbel Toubkal (4 165 m), o pico mais alto do Norte de África, situa-se a sul do Médio Atlas. O Anti-Atlas é a cordilheira mais meridional e mais árida, que faz fronteira com o deserto do Saara. A região nordeste é ocupada pela bacia do rio Muluya, uma região de terras baixas, semiárida, criada pela erosão do rio. Mais a leste e a sudeste, encontram-se os altos planaltos, com cerca de 1 000 metros de altitude.
Demografia
Em 2003, a população era de 31 689 263 habitantes, que viviam principalmente nas áreas planas a norte e oeste da cadeia do Atlas. As taxas de natalidade e de mortalidade eram, respetivamente, 23,26‰ e 5,78‰.
A esperança média de vida era 70,04 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) era 0,654 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) era 0,590 (2001).
Estima-se que, em 2025, a população seja de 42 553 000 habitantes.
Os árabes representam cerca de 70% da população e os berberes 30%; todas as outras etnias não chegam a corresponder a 1%.[carece de fontes] A religião dominante é a muçulmana sunita (99%). A língua predominante no país é a variante marroquina do árabe.
Cidades mais populosas
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Cidades mais populosas do Marrocos|||||||||||
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Casablanca Rabat | |||||||||||
Posição | Localidade | Província | Pop. | Fez Salé | |||||||
1 | Casablanca | Grande Casablanca | 3 144 909 | ||||||||
2 | Rabat | Rabat-Salé-Zemmour-Zaer | 1 655 753 | ||||||||
3 | Fez | Fez-Boulemane | 964 891 | ||||||||
4 | Salé | Rabat-Salé-Zemmour-Zaer | 903 485 | ||||||||
5 | Marrakech | Marrakech-Tensift-Al Haouz | 839 296 | ||||||||
6 | Agadir | Souss-Massa-Drâa | 698 310 | ||||||||
7 | Tânger | Tânger-Tetuão | 688 356 | ||||||||
8 | Meknès | Meknès-Tafilalet | 545 705 | ||||||||
9 | Oujda | Oriental | 405 253 | ||||||||
10 | Kenitra | Gharb-Chrarda-Beni Hssen | 366 570 |
Política
Ver artigo principal: Política de Marrocos
Ver página anexa: Missões diplomáticas do Marrocos
Marrocos é uma monarquia constitucional, com um parlamento eleito democraticamente, mas em que o rei é igualmente o chefe do governo.7
A aliança de forças políticas que patrocinaram a independência manteve-se no poder até 1958, quando o Partido Istiqlal assumiu o governo. Pouco depois, o partido dividiu-se em duas facções. A ala esquerda, excluída da administração central, venceu as eleições legislativas realizadas em 1960, tornando-se importante força de oposição ao governo conservador então no poder. Em 1961, com a morte do Rei Mohammed V, subiu ao trono seu filho, Moulay Hassan, que passou a governar com o nome de Hassan II.
No seu conjunto, a política externa de Marrocos pode ser qualificada de "ecuménica", na qual cabem relações, embora frias, com Israel, e bom entendimento com os Estados Unidos, excepto no que diz respeito a diferenças quanto ao Oriente Médio. Além disso, Marrocos vem ampliando o escopo de sua actuação diplomática, mediante a intensificação das relações com a América Latina e o Extremo Oriente – especialmente com a República Popular da China e Coreia do Sul. Mohammed VI está pessoalmente empenhado em diversificar e intensificar a presença marroquina no cenário internacional.
Subdivisões
Ver artigo principal: Subdivisões de Marrocos
Marrocos está dividido em 16 regiões (capitais entre parênteses):
- Chaouia-Ouardigha (Settat)
- Doukkala-Abda (Safim)
- Fez-Boulemane (Fez)
- Gharb-Chrarda-Beni Hssen (Kenitra)
- Grande Casablanca (Casablanca)
- Guelmim-Es Semara (Guelmim) (*)
- Laâyoune-Boujdour-Sakia El Hamra (Laâyoune) (*)
- Marrakech-Tensift-Al Haouz (Marrakech)
- Meknès-Tafilalet (Meknès)
- Oriental (Oujda)
- Oued Ed-Dahab-Lagouira (Dakhla) (*)
- Rabat-Salé-Zemmour-Zaer (Rabat)
- Souss-Massa-Drâa (Agadir)
- Tadla-Azilal (Beni Mellal)
- Tânger-Tetuão (Tânger)
- Taza-Al Hoceima-Taounate (Al Hoceima)
(*) As regiões indicadas por asteriscos estão parcialmente ou totalmente localizadas no Saara Ocidental.
Economia
Ver artigo principal: Economia de Marrocos
A economia deste país baseia-se na agricultura, nos serviços, na indústria transformadora e na exploração mineral.
A terra arável abrange 8,5 milhões hectares e proporciona produções de trigo, milho, cevada,arroz citrinos, cana-de-açúcar e algodão, entre outras. A exploração mineral centra-se na extracção de fosfatos no Saara Ocidental.
As principais produções das indústrias transformadoras são os produtos alimentares, os têxteis, os artigos de couro e os adubos. O turismo constitui uma importante fonte de receitas. Os principais parceiros comerciais de Marrocos são: Portugal,França, Espanha, Estados Unidos e Alemanha.
Cultura
Ver artigo principal: Cultura de Marrocos
Um dos grandes eventos de Marrocos é a ultra-maratona na areia, que é disputada no sul do país. Os competidores percorrem 206 quilómetros em seis etapas. Os participantes carregam uma mochila com todo o material necessário, mas só podem beber nove litros de água por dia. Tempestades de areia e bolhas nos pés são os maiores obstáculos. Em 1994, o vencedor foi o russo Andrei Derksen, com dezasseis horas e 55 minutos.
No jantar marroquino, as mesas geralmente não ficam preparadas, pois os pratos são trazidos pouco a pouco. Uma empregada ou um membro mais jovem da família (sempre uma mulher) traz uma bacia de metal com sabão no meio, às vezes feito de esculturas artesanais, e água em volta. As mãos são lavadas e uma toalha é oferecida para secá-las.[carece de fontes] Os marroquinos têm o costume de beber chá verde com hortelã (menta) e açúcar antes e depois da refeição. Agradecem a Deus dizendo bismillah. Eles comem primeiramente de um prato comunitário, com a mão direita, o polegar e os dois primeiros dedos. No fim das refeições, agradecem novamente dizendo all hamdu Lillah, que quer dizer: "graças a Deus" e repetem o ritual de lavar as mãos.[carece de fontes]
Desportos
No desporto, teve como grande astro o atleta Hicham El Guerrouj, o mais rápido meio fundista de todos os tempos, detentor de três recordes mundiais homologados pela IAAF: 1 500 metros, milha (1 609 metros) e 2 000 metros.
Feriados
Data | Nome em português | Nome em árabe |
---|---|---|
2 e 3 de março]] | Independência | عيد الاستقلال |
1 de maio | Dia do Trabalhador | عيد العمال |
23 de maio | Dia da Nação | يوما للأمة |
9 de julho | Dia da Juventude | يوم الشباب |
13 de julho | Coroação do rei Mohammed VI | يوم تتويج الملك |
30 de julho | Festa do Trono L'Aïd el Arch | الطرف على العرش |
14 de agosto | Dia da Lealdade | أيام المعرض |
20 de agosto | Aniversário do Rei | الذكرى السنوية للملك |
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