terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Baleares


EspanhaIlhas Baleares
Islas Baleares
Illes Balears
 
  Comunidade autónoma  
Símbolos
Bandeira de Ilhas Baleares
Bandeira
Brasão de armas de Ilhas Baleares
Brasão de armas
HinoLa Balanguera
Gentílicobalear ou baleárico, -a
Localização
Islas Baleares in Spain (plus Canarias).svg
Administração
CapitalPalma de Maiorca
PresidenteFrancina Armengol (PSOE)
Características geográficas
Área total4,992 § km²
População total (2013)1,305 596  hab.
Densidade595,55 hab./km²
Outras informações
ProvínciasAs Baleares não estão divididas em províncias.
Idioma oficialCatalão e castelhano
Estatuto de autonomia1 de março de 1983
ISO 3166-2ES-IB
Congresso
Senado
7 assentos
4 assentos
WebsiteGoverno das Ilhas Baleares
§ 1,0% da área total de Espanha
 2,2% da população total de Espanha
As ilhas Baleares (em catalão e oficialmente Illes Balears) são um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, uma província e comunidade autónoma espanhola. Formadas por quatro grandes ilhas (MaiorcaMinorcaIbiza e Formenteira) e diversos atóis e ilhotas, são atualmente reconhecidas enquanto nacionalidade histórica. A sua capital é Palma de Maiorca.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O arquipélago das ilhas Baleares abarca Maiorca e as ilhas adjacentes de CabreiraCoelhos e Dragonera, bem como as menores de RedondaPlana e FuradaMinorca, com as ilhas de Colom e do Ar; e as Pitiusas (IbizaFormenteira e as ilhas adjacentes de TagomagoSanta EuláliaCoelheiraEspartelEspalmador VedrãBosqueBledas e Margaridas). No total, o território possui uma área de 4 492 km² e atingem o seu ponto mais alto no Puig Major da serra de Tramuntana em Maiorca. As coordenadas geográficas compreendem os 40º5'48' e 38° 40′ 30″ de latitude N e entre 1° 12′ 47″ i 4º19' de longitude E. Ibiza está separada da costa continental ibérica (Comunidade Valenciana) por apenas 75 km , os mesmos que a separam de Maiorca. A distância mínima entre Minorca e Maiorca é de apenas 35 km.[1]

História[editar | editar código-fonte]

As ilhas têm estado povoadas desde tempos remotos.Os primeiros registros de seres humanos são datados do século V. A presença de (gregosFenícia#Os fenícioscartagineses e romanos) foram fracas e duraram pouco tempo.
De acordo com Diodoro Sículo, possivelmente citando TimeuMaiorca era a oitava ilha em tamanho do Mediterrâneo, após a Sicília,a SardenhaChipreCretaEubeiaCórsega e Lesbos;[2] Pelas medições modernas, Maiorca é maior do que Lesbos.
Os gregos chamavam as ilhas Baleares de Gymnesiae, porque os seus habitantes andavam nus no verão.[2] O nome Baleares vem do latim Baliarides, porque os seus habitantes eram hábeis em atirar pedras com estilingues (chamados de fundas).[2] Na época de Diodoro Sículo, as ilhas chegaram a ter mais de 30 000 habitantes.[3]
Os baleares valorizavam muito as suas mulheres e, quando elas eram raptadas por piratas, o preço do resgate era equivalente ao de três ou quatro homens.[4] Eles não usavam ouro nem prata, alegando como motivo a expedição que Héracles tinha feito contra Gerião, filho de Crisaor, que tinha muito ouro e prata; por isso não queriam ter nada que outros cobiçassem: quando eles serviram aos cartagineses,acabaram usando todos estes recursos em mulheres e vinho.[5]
Os seus costumes de casamento surpreenderam Diodoro Sículo: a noiva, durante a festa do casamento, deitava-se com os parentes e amigos, começando pelo mais velho, e indo em ordem, sendo o último a deitar-se com ela era o noivo.[6] Os seus usos funerários também eram considerados estranhos, pois eles esquartejavam o morto e colocavam as suas partes dentro de um vaso, o enterrando com pedras.[7] O seu equipamento militar consistia de três fundas,[8] sendo muito hábeis, nunca errando o alvo.[9] Eles treinavam com a funda desde pequenos: prendiam um pão a uma estaca e só deixavam cada menino comê-lo depois de lhe ter acertado com uma pedra.[9]
A primeira civilização que criou uma verdadeira sociedade nestas ilhas foi a islâmica, que as habitou até o período da Reconquista.
As Baleares atualmente têm duas línguas oficiais o catalão (já que foram repovoadas maioritariamente por pessoas de RosellónGirona e da Catalunha durante a Reconquista) e o castelhano (falado em todo o território nacional espanhol). Nas zonas turísticas, as línguas suplementares são o inglês e alemão.

Demografia[editar | editar código-fonte]

População por ilhas (2005):
População por cidades (2005):
A população total das ilhas é de 983 131 pessoas em 2005, das quais 15,75% não é espanhola. As Baleares são a comunidade autônoma a ter a maior porcentagem de estrangeiros em sua população e a segunda província no número de população estrangeira (depois de Alicante, na Comunidade Valenciana).[10]

Política e administração[editar | editar código-fonte]

As ilhas Baleares são uma Comunidade Autónoma da Espanha, regida pelo seu estatuto de autonomia regional. Há três conselhos insulares: em Maiorca, Minorca e no arquipélago das Pitiusas. Maiorca tem também comarcas históricas que ainda que não são reconhecidas oficialmente pelo governo espanhol.
A capital das ilhas Baleares e também a maior cidade da Comunidade Autônoma é a cidade de Palma de Maiorca, que localmente é chamada de Ciutat em Maiorca, ou simplesmente Palma no resto do mundo. Ali também está a sede do Governo Balear e do Conselho Insular de Maiorca.

Economia[editar | editar código-fonte]

Recentemente, o arquipélago tornou-se um local de interesse turístico por suas praias o que praticamente transformou toda a economia da região. Mais de um 70% da população (2001) dedica-se ao setor terciário. A indústria local é majoritariamente têxtil,além de pequenos produções de couro e de calçados. [carece de fontes]

Arte[editar | editar código-fonte]

Llotja (mercado), Palma
As ilhas conservam alguns monumentos megalíticos entre os que destacam os talayots, as navetes e as taules, todos eles do período compreendido entre 1800 e 1500 a. C. Ficaram poucos restos da época muçulmana. A Catedral de Palma, a Lota e o Castelo de Bellver são claras mostras da arte gótica. Em Cidadela e Palma existem alguns exemplos da arquitetura do século XVIII, período no que destacou como pintor P. Calvo.

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