terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Ilhas Feroe


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Føroyar (feroês)
Færøerne (dinamarquês)

Ilhas Feroe/ Féroe / Faroé
Bandeira das Ilhas Feroé
Brasão de armas das Ilhas Feroé
BandeiraBrasão de armas
Hino nacionalTú alfagra land mítt
("Minha terra, a mais bela")
Gentílico: feroês, feroico

Localização das Ilhas Féroe / Ilhas Faroé

Localização das Ilhas Féroe (em vermelho).
Kingdom of Denmark on the globe (Faroer special) (Europe centered).svg
As Ilhas Féroe no Reino da Dinamarca (Norte da Europa).
CapitalTórshavn
61° 57' 15" N 6° 51' 25" W
Cidade mais populosaTórshavn
Língua oficialFeroês e dinamarquês
GovernoRegião autónoma da DinamarcaDemocracia parlamentar no contexto de uma monarquia constitucional
 - RainhaMargarida II
 - Alto ComissárioLene M. Johansen
 - Primeiro-ministroBárður á Steig Nielsen
 - Unificada com a Noruega1035 
 - Cedida à Dinamarca14 de janeiro de 1814 
 - Transformação em região autónoma1 de abril de 1948 
Área 
 - Total1399 km² 
População 
 - Estimativa para 201750 451 hab. 
 - Censo 200748760 hab. 
 - Densidade35 hab./km² 
PIB (base PPC)Estimativa de 1,56 mil milhões (biliões) (estimativa 2008)
 - TotalUS$ 2,45 mil milhões (biliões) (estimativa 2008) ((não está presente no ranking).º)
 - Per capitaUS$ 50300 ((não está presente no ranking).º)
IDH (2006)0,943 (15.º) – muito alto
MoedaCoroa feroesa (DKK)
Fuso horárioGMT (UTC0)
 - Verão (DST)EST (UTC+1)
Cód. ISOFO
Cód. Internet.fo
Cód. telef.++298
Website governamentalgovernment.fo
Ilhas FeroeIlhas Féroe[1][2][3][4] ou Ilhas Faroé(s[5] (em feroêsFøroyar ou Føroyarland; em dinamarquêsFærøerne e em nórdico antigoFæreyjar) são um território dependente da Dinamarca, localizado no Atlântico Norte entre a Escócia e a Islândia[6]
arquipélago é formado por 18 ilhas maiores e outras menores desabitadas que acolhem, ao todo, 47.000 pessoas em uma área de 1.399 km². Na ilha maior (Streymoy), encontra-se a capital, Tórshavn, com 16.000 habitantes (1999). As terras mais próximas são as ilhas mais setentrionais da Escócia (Reino Unido), que ficam a sul-sueste, e a Islândia, situada a noroeste. [6]
São autónomas desde 1948, tendo decidido não aderir à União Europeia. Gradualmente têm alcançado maior autonomia e para o futuro tem-se descortinado a possibilidade de tornarem-se independentes da Dinamarca. [6]
Como território autónomo da Dinamarca, as Ilhas contam com um Alto Comissário - representante da Rainha da Dinamarca, com um parlamento unicameral formado por 32 membros (Løgtingið) e um primeiro-ministro chefe de governo (løgmann). [6]

Etimologia e ortografia[editar | editar código-fonte]

Na língua local - o feroês - o nome das ilhas é Føroyar, e em dinamarquês Færøerne. O nome - Føroyar - é composto por før (ovelha, carneiro) e oyar (ilhas), significando por isso "ilhas das ovelhas". [7]
O nome tradicional em português, "Féroe", provém do nórdico antigo Færeyjar, que significa literalmente "ilhas das ovelhas" ou "ilhas dos carneiros", e chegou à nossa língua proveniente do francês Féroé. Similarmente, o nome ocidentalizou-se como Feroe em espanhol,[8] Féroe em galego [9] e Faroe em inglês.
Fontes linguísticas tradicionais portuguesas recomendam a grafia "Ilhas Féroe". É essa a grafia adotada, por exemplo, pelo Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, e pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves,[10][11] pelo Dicionário de Cândido de Figueiredo (1899),[4] pelos dicionários portugueses da Porto Editora,[3] pelo dicionário de Caldas Aulete[12] e pelos dicionários brasileiros como o Houaiss, o Aurélio e o Michaelis.[13] É também a grafia recomendada no Ciberdúvidas da Língua Portuguesa pelos linguistas F. V. Peixoto da Fonseca[14] e Carlos Machado.[15]
Por sua vez, o Código de Redação Interinstitucional da União Europeia utiliza Ilhas Faroé[5]. No Ciberdúvidas da Língua Portuguesa o linguista A. Tavares Louro utiliza ainda a grafia Ilhas Faroé.[16]. Num outro artigo no Ciberdúvidas um autor resume: "Em suma, atualmente existem duas formas corretas em Portugal: uma mais antiga, Féroe, e outra mais recente, Faroé.[17]
No que tange às fontes linguísticas brasileiras, o Dicionário Houaiss adota "Ilhas Féroe", tal como as fontes portuguesas. É "Féroe" também a forma adotada pelo dicionarista Caldas Aulete.[18] O Dicionário Aurélio atesta tanto "Féroe" (primeira forma apresentada na etimologia do vocábulo "feroês) quanto "Feroé" (usada na definição do mesmo vocábulo).
No campo dos órgãos de comunicação social, quase todos – quer portugueses, quer brasileiros – usam indiscriminadamente uma miscelânea de grafias, sendo que algumas não estão (ainda) prescritas por fontes linguísticas. Em Portugal, a RTP usa as grafias: Faroe, Faroé e Feroé; e o jornal Público usa Faroé e Faroe, embora o seu próprio livro de estilo defenda Feroé. Já na brasileira Globo, a preferência recai sobre as grafias Feroe, Faroe e Feroé, bem como Ilhas Faroes. No jornal O Estado de S. Paulo, utilizam-se Feroe, Faroé, Faroe e Feroé. Por fim, a Folha de S.Paulo usa Feroe, Faroé, Faroe e Faroes.
No campo político, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal usa oficialmente "Ilhas Faroé"[19], enquanto o Ministério das Relações Exteriores do Brasil usa oficialmente "Ilhas Féroe",[20] forma atestada por HouaissAulete e Aurélio e pelas fontes vernáculas portuguesas. Os gentílicos aplicáveis a essas ilhas são feroês (feroesa; feroeses; feroesas) e feroico (feroica; feroicos; feroicas) — este último normalmente associado à língua local.[carece de fontes]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História das Ilhas Feroé
Selo de 2004 com a representação de Grimur Kamban
A história conhecida do arquipélago inicia em 600 com sua colonização por monges irlandeses e escoceses. A primeira menção conhecida das Ilhas Faroé foi feita pelo monge irlandês Dicuil em 825, na sua obra Liber de Mensura Orbis terrae[21] [22] [23]
Segundo a Saga dos Faroeses (de cerca de 1200), o primeiro colonizador foi um viquingue chamado Grímur Kamban, que teria aportado às ilhas em data incerta, pelos finais do século IX, talvez por volta de 825. [24]
  • 600 - 800 - Estabelecimento de monges eremitas irlandeses
  • 825 - Conquista e colonização por viquingues noruegueses
  • 970 - 1280 - República
  • 1135 - Torna-se país tributário à Coroa Norueguesa
  • 1380 - Dinamarca e Noruega (incluindo as ilhas Faroés) realizam uma união monárquica
  • 1655 - 1709 - O Rei da Dinamarca confia as ilhas à família von Gabel como um estado feudal
  • 1709 - A coroa dinamarquesa novamente toma posse
  • 1720 - Administrada como parte da Islândia
  • 1776 - Administrada como parte do condado dinamarquês de Zelândia
  • 24 de janeiro de 1814 - Reconhecida como possessão dinamarquesa pelo Tratado de Kiel
  • 1816 - Recebe o grau de condado
  • 12 de abril de 1940 — 16 de setembro de 1945 - Ocupação britânica durante a II Guerra Mundial. As tropas britânicas ocuparam as ilhas quando a Alemanha invadiu a Dinamarca (foi uma ocupação amigável de modo a assegurar que os Nazis não tinham nenhuma base militar no Atlântico Norte). Em 1945 os Ingleses partiram deixando para trás o aeroporto de Vágar e 170 soldados que se casaram com faroenses[25].
  • 14 de setembro de 1946 - Referendo aprova a independência (48,7% a 47%). A independência é declarada em 18 de setembro de 1946. É anulada pela Dinamarca dois dias depois.
  • 30 de março de 1948 - Governo autônomo é permitido.
A ocupação britânica durante a II Guerra Mundial suspendeu os contatos com a Dinamarca e modificou o cenário político. Uma consulta popular aos faroeses demonstrou uma pequena maioria da população a favor da separação da Dinamarca. No entanto, o governo dinamarquês interveio e dissolveu o Logting para a realização de eleições gerais. O Logting eleito alcançou um acordo com a Dinamarca onde foram negociadas áreas de responsabilidade conforme os interesses de ambas as partes, e as ilhas Faroé foram declaradas "comunidade autónoma dentro do reino da Dinamarca". A língua faroesa foi reconhecida como língua oficial e a bandeira faroesa como bandeira das ilhas. [26] [27]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Geografia das Ilhas Feroé
Imagem de satélite do arquipélago
As ilhas Faroé são um arquipélago de 18 ilhas situadas junto à latitude 62 N e longitude 7 W. Estão localizadas a meio caminho entre a Escócia e a Islândia, e a 575 km da Noruega.[28] Entre o extremo norte e sul do arquipélago medeiam 113 km e 75 de leste a oeste. As suas costas têm um perímetro total de 1117 km.
As ilhas têm uma morfologia muito acidentada, rochosa, com costas alcantiladas recortadas por profundos fiordes. Nenhum ponto das ilhas está a mais de 5 km do mar. O ponto mais alto é o Slættaratindur, na ilha Eysturoy, com 882 metros de altitude.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima é oceânico, marcado pela influência moderadora da Corrente do Golfo, o que, tendo em conta a elevada latitude, suaviza as temperaturas invernais. Em Tórshavn não se registam temperaturas médias mensais negativas, oscilando estas entre os 0,3 °C em janeiro e os 11,1 °C em Agosto. A média anual é de 6,7 °C. A amplitude térmica é assim muito reduzida, com verões frescos e invernos suaves. A precipitação aproxima-se dos 1400 mm por ano, com um mínimo relativo na primavera e verão. O céu é em geral nublado, com frequentes nevoeiros. São frequentes os ventos fortes.

Ilhas[editar | editar código-fonte]

Mapa das Ilhas Faroé
Vilarejo Skipanes em Eysturoy
Todas as ilhas são habitadas excepto Lítla Dímun. Na tabela que se segue apresentam-se as áreas e população (dados referentes a 31 de Dezembro de 2003) de cada uma das ilhas que compõem o arquipélago das Faroé:
NomeÁreaHabitantesDensidade
(hab./km²)
Município(s)Região
Streymoy373,521.71757,4Tórshavn e VestmannaTórshavn e resto de Streymoy
Eysturoy286,310.73837Fuglafjørður e RunavíkEysturoy do Norte e Eysturoy do Sul
Vágar177,62.85615,7Míðvágur e SørvágurVágar
Suðuroy1665.07430,9Tvøroyri e VágurSuðuroy
Sandoy112,11.42812,4SandurSandoy
Borðoy955.03052,4KlaksvíkKlaksvík e resto das ilhas do Norte
Viðoy4160515ViðareiðiIlhas do Norte
Kunoy35,51353,8Ilhas do NorteNordinseln
Kalsoy30,91364,8Mikladalur e HúsarIlhas do Norte
Svínoy27,4582,7SvínoyIlhas do Norte
Fugloy11,2464KirkjaIlhas do Norte
Nólsoy10,326226,1NólsoyStreymoy
Mykines10,3192MykinesVágar
Skúvoy10615,7SkúvoySandoy
Hestur6,1407,1HesturStreymoy
Stóra Dímun2,771,9DímunSandoy
Koltur2,520,8KolturStreymoy
Lítla Dímun0,800Suðuroy

Demografia[editar | editar código-fonte]

Klaksvík, a segunda maior cidade das ilhas
A grande maioria da população das Ilhas Faroe é de ascendência norueguesa e escocesa.[29] Análises recentes de DNA revelaram que os cromossomos Y da população das ilhas, que traça a descendência masculina, são 87% escandinavos.[30] Estudos mostram que o DNA mitocondrial, que traça a descendência feminina, é 84% escocês.[31]
taxa de fecundidade das Ilhas Faroé é atualmente uma das mais elevadas da Europa.[32] O maior grupo de estrangeiros são os dinamarqueses, compreendendo 5,8% da população local, seguido por gronelandesesislandeses, noruegueses e poloneses. As Ilhas Faroe tem pessoas de 77 nacionalidades diferentes.
língua faroesa é falada em toda o arquipélago como língua materna. É difícil dizer exatamente quantas pessoas no mundo falam o idioma das Ilhas Feroe, porque muitas dos habitantes étnicos das ilhas vivem na Dinamarca e poucos que nascem lá voltar para as Ilhas Faroé com os pais ou adultos.
Igreja em Vagur
O idioma das Ilhas Faroe é uma das menores das línguas germânicas. O feroês escrita (gramática e vocabulário) é mais semelhante ao islandês e ao norueguês antigo, embora a língua falada esteja mais próxima de dialetos noruegueses da costa oeste da Noruega. Apesar da língua faroesa ser a nas ilhas, o dinamarquês também é um idioma oficial e é universalmente falado.

Religião[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Religião nas Ilhas Feroé
A religião tem uma parte importante da cultura feroese. Nas Ilhas Feroe predominam as religiões cristãs, sendo a maior delas o luteranismo, além de outros protestantes, alguns católicosTestemunhas de Jeová e bahá'is.
Cerca de 87% da população pertence à igreja estabelecida do estado, a Igreja das Ilhas Feroé, sendo o restante dividido entre outras denominações cristãs e poucas crenças não cristãs.

Governo e política[editar | editar código-fonte]

Rainha Margarida II em sua visita em Vágur em 2005
A inexistência de autonomia política levou ao nascimento tardio - apenas na primeira metade do século XX - dos primeiros partidos políticos. Sambandsflokkurin (Partido Unionista) e Sjálvstýrisflokkurin (Partido da Autonomia). Posteriormente surgiram o social-democrata Javnaðarflokkurin (Partido Social-Democrata) e o conservador nacionalista Fólkaflokkurin (Partido Popular) que defenderam interesses comerciais. O Tjóðveldisflokkurin (Partido da República) surgiu em 1948 defendendo uma República Feroesa.
Atualmente há eleições regionais de quatro em quatro anos, sendo então eleito um parlamento regional faroês (Løgtingið), o qual escolhe um governo local (Landsstýri), constituído por um presidente (Løgmaðurin) e sete ministros.[33]

Governo Regional das Ilhas Faroé[editar | editar código-fonte]

GovernoPrimeiro-ministroPartidos
Governo Aksel V. Johannesen
[34][35][36]
2015-
Aksel V. JohannesenPartido Social-Democrata
Partido da República
Partido do Progresso
Nas eleições regionais de 2015, foram eleitos 7 partidos [37], e formado um governo de coligação de centro-esquerda, liderado por Aksel V. Johannesen e constituído pelo Partido Social-Democrata (Javnaðarflokkurin), pelo Partido da República (Tjóðveldisflokkurin) e pelo Partido do Progresso (Framsókn). [38][34][35][36]

Partidos faroeses[editar | editar código-fonte]

Os principais partidos que concorreram em 2015 ao Parlamento Regional (Løgtingið) foram os seguintes: [39][40]
PartidoIdeologiaEspectro
Partido Social-Democrata
(Javnaðarflokkurin)
Social-democracia Centro-esquerda
Partido da República
(Tjóðveldisflokkurin)
Socialismo democrático Esquerda
Partido Popular
(Fólkaflokkurin)
Conservadorismo Centro-direita/Direita
Partido Unionista
(Sambandsflokkurin)
Conservadorismo liberal Centro-direita
Partido do Progresso
(Framsókn)
Liberalismo clássico Centro-direita
Partido do Centro
(Miðflokkurin)
Democracia cristã
Centrismo
Centro
Partido da Autonomia
(Nýtt Sjálvstýri)
Liberalismo Centro

A relação com a Dinamarca[editar | editar código-fonte]

Nas eleições de 1998 o Partido da União - simpático à Dinamarca - obteve um mau desempenho sendo substituído pelo Partido Republicano - secessionista. Iniciou-se uma coligação que pôs em marcha um processo político com o objetivo de alcançar a soberania total. Em 2002 o Landsstýri - governo local - e o governo dinamarquês iniciaram negociações a respeito da soberania faeroesa sem o rompimento de uma "commonwealth" com a Dinamarca. Chegou-se a um impasse e essa negociação acabou por não apresentar resultados.
Em 2002 - novas eleições - e modificação no cenário político. O Partido do Povo e o Partido Autonomista perderam suas cadeiras para o Partido da União. Mesmo assim o governo local - Landsstýri - foi composto pela coligação dos Partidos do Povo, Republicano, Autonomista e do Centro - partido pequeno que se fundiu ao Autonomista.
Em 2011, um novo projecto de constituição das Ilhas Faroé está sendo elaborado. No entanto, o projecto foi declarado pelo ex-primeiro-ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, como incompatível com a Constituição da Dinamarca e se os partidos políticos das Ilhas Faroe quiserem continuar então eles deverão declarar a independência.[41]

Economia[editar | editar código-fonte]

Principais produtos exportados pelas ilhas em 2009 (em inglês)
Os recursos naturais são escassos. A vegetação - gramíneas - dos morros é utilizada para a criação de ovelhas. Em algumas partes da ilha de Suðuroy, existem alguns depósitos de lignito, úteis como combustível.
No mar - nos peixes - é que está a grande riqueza da nação faroesa. A pesca é responsável por 96 a 98% das exportações realizadas e praticamente todo o comércio deriva dos produtos capturados no mar. Dentro do limite de 200 milhas marítimas são encontradas espécies como bacalhauarincaargentina-douradafaneca da Noruegaalabotetamborilpeixe vermelhopechelimsalmão e arenque. A piscicultura de salmão e truta é um setor que tem crescido e contribuído para o crescimento da balança comercial.
Outros artigos presentes são navios - de aço, pesqueiros, de carga - que respondem por 2% de tudo que é vendido ao exterior. Estima-se que existam reservas petrolíferas no subsolo oceânico faroês e têm sido realizadas prospecções com sinais positivos.
O aeroporto Vagar (EKVG) é o único na ilha. Foi construído na segunda guerra mundial pelos militares ingleses, mas hoje é um aeroporto civil. Perto do aeroporto, existem 7 heliportos, mas nenhum deles está representado no cenário.

Cultura[editar | editar código-fonte]

O desfile do Ólavsøka, no dia 28 de julho
Orquestra sinfônica das Feroe representada num selo de 2014
A cultura das Ilhas Faroe tem suas raízes na cultura nórdica. As Ilhas Faroe por muito tempo estiveram isolada dos principais movimentos culturais que surgiram em diferentes partes da Europa, o que significa que a população local conseguiu manter uma grande parte de sua cultura tradicional.

A língua faroesa[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Língua feroesa
língua faroesa é uma das três línguas escandinavas insulares descendentes do idioma nórdico antigo falado na Escandinávia durante a Era Viquingue. Até o século XV, tinha uma ortografia semelhante às da Islândia e Noruega. Todavia, em 1538, depois da Reforma Protestante, os dinamarqueses proibiram seu uso em escolas, igrejas e documentos oficiais, apesar de um dos objetivos principais da reforma ser o uso da língua popular, para melhor comunicação com Deus.[42]
Apesar de uma rica tradição oral ter sobrevivido, por 300 anos a língua não foi escrita, significando isto que todos os poemas e histórias foram transmitidos oralmente. Em 1948, o faroês foi finalmente reconhecido como língua oficial das Ilhas Faroé.[43]

Festivais[editar | editar código-fonte]

O principal festival das ilhas é o Ólavsøka, que é realizado no dia 29 de julho e homenageia São Olavo. As celebrações são realizadas em Tórshavn, com início na noite do dia 28 e até ao dia 31.

Caça às baleias[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Caça às baleias nas Ilhas Feroe
Membros da comunidade local matando as baleias-piloto que foram levadas a encalhar na costa por barcos pesqueiros
Os registros de caças às baleias nas ilhas datam de 1584 e a atividade é regulada pelas autoridades locais, mas não pela Comissão Baleeira Internacional, pois há divergências sobre a autoridade legal desta comissão para regular a caça de cetáceos.[44] Anualmente, centenas de baleias-piloto-de-aleta-longa (Globicephala melas) são mortas, principalmente durante o verão, pelos habitantes das ilhas. As caçadas, chamadas de grindadráp em feroês, não são comerciais e são organizadas pela própria comunidade; qualquer pessoa pode participar. Quando um grupo de baleias é avistado próximo da costa os caçadores participantes cercam as baleias-piloto através de um grande semicírculo formado por barcos e então, lentamente e silenciosamente, começam a conduzir as baleias em direção à baía. Quando o grupo de baleias encalha o abate começa.[45]
Este tipo de atividade é legal e fornece alimento para muitas pessoas que moram nas ilhas.[46][47] No entanto, apesar da população local considerar a caça uma parte importante de sua cultura e da história das ilhas, grupos de direitos dos animais, como a Sea Shepherd Conservation Society, criticam as caçadas como sendo cruéis e desnecessárias. As discussões sobre a sustentabilidade da caça às baleias-piloto nas Ilhas Faroe também é outro fator apontado, mas com uma captura média de longo prazo de cerca de 800 baleias-piloto por ano, o impacto não é considerado significativo sobre a população de baleias.[48][49]

Literatura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Literatura das Ilhas Faroé
William Heinesen é o escritor mais conhecido da literatura faroesa.[50][51][52]

Pintura[editar | editar código-fonte]

O pintor Sámal Joensen-Mikines é considerado o grande artista das Ilhas Faroé.[53][54]

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